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Aprendizados da quarentena.


Faz tempo que não escrevo e me questiono se ainda sei tornar palavras tudo que sinto e experimento. Não é novidade que desapareço toda vez que as coisas ficam confusas e desajustadas.
Enquanto escrevo me vejo confinada em um quarto tendo uma variação de humor bem louca.
O mundo enfrenta uma pandemia que nos deixa desconfortante e sem perspectiva de como será o porvir.
Sempre considerei importante ter respostas e alinhado a isto, sempre corri atrás delas, mas agora confesso honestamente que não acredito precisar da rota esclarecida. 

1. Não sei se devo trabalhar.

Estive trabalhando até dias atras e por esse motivo andei vulnerável ao covid e chegar ao ponto de ter medo de voltar a trabalhar. É louco pensar isso porque sou a dona de casa que ama trabalhar fora.  Ter a oportunidade de me desenvolver como educadora domiciliar me deixou muito animada porque acredito no homescholling. Mas a exposição me amedronta e tenho buscado apenas estabelecer rotina em casa.

2. Não solicitar atenção das pessoas.

A grande maioria das pessoas está precisando se conectar através das chamadas em videos e afins, acreditem ou não até minha vó que mora no quintal da mina casa tem conversado comigo por ligações no whatsapp.
Durante os dias que estive mal me questionei se eu não estava enchendo o saco das pessoas contando minhas dores e temores.
A verdade é que mesmo estando em casa as pessoas não estarão disponíveis o tempo todo pra nós e precisamos ficar bem com essa verdade.
Tenho amigos amáveis, honestos e amadurecidos na questão de não cobrar atenção e estar disponível na medida certa. Caso não saiba, cobrar atenção demasiada dos amigos beira uma relação tóxica que nos adoece.

3. Não definir minha espiritualidade.

O cristianismo sempre foi minha língua materna por assim dizer, mas durante a quarentena abri o jogo para uma verdade que nunca esclareci: Eu permeio princípios de outras religiões e isso me faz bem, o budismo e o espiritismo são duas delas. A questão toda são os rótulos, as caixinhas, os guetos e toda a necessidade que a gente acha que precisa ter quando se trata de religião.
Eu cansei disso, só quero exercer a espiritualidade de um jeito que faça sentido pra mim.
Na bagunça da quarentena foram a mistura de vários rituais que me trouxe de volta ao equilíbrio e por hora é o que faz sentido praticar.

4. Não ter rotina definida.

Ter rotina me ajuda a não ficar ansiosa. Mas há dias que nada faz sentido e preciso vivê-los como são. Sou da opinião de que precisamos fazer o dia bom, sobre nos vermos como protagonista da nossa vida.
Equilíbrio é a meu parâmetro.

5. A única certeza.

Nos primeiros dias de confinamento pensamentos horríveis invadiram minha cabeça e algumas pessoas derramaram amor e atenção na minha vida através de conversas no whatsapp sem saber que era um dia ruim pra mim. Desde então despertei para derramar atenção e amor na vida de todas as pessoas que se esbarram nos meus dias.
Expandir esse amor me faz sentir que estou doando meu melhor para o mundo. Quero continuar transmutando esse amor para a humanidade.

6. Não adiar lutos.

Meu pai adotou uma cadelinha e após dias de apego ela faleceu, precisei parar de trabalhar sem perspectiva sobre quando voltar, uma crise familiar pesada aconteceu, e adiei projetos importantes.
Ou seja cada back me deu uma balançada e me derrubou, contudo não adiei as emoções, chorei, me afastei, surtei nos meus diários em vídeo e sarei.
Já comentei em outros momentos o quanto aprender isso na terapia me fez bem.



Por hora, é isso.
Com empatia,
Leide.

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